Realidade virtual, metaverso e tratamentos imersivos

Os avanços da tecnologia proporcionam progressos em muitas áreas, inclusive na da saúde. Vivenciamos um movimento crescente na adesão de universidades, órgãos e instituições, por exemplo, na implementação de soluções de IA (inteligência artificial) e VR (realidade virtual) no ensino e em tratamentos, que podem apoiar os estudantes de medicina e profissionais da saúde a entender melhor sintomas e diagnósticos. Além de dar suporte, também, para os pacientes com o uso de tratamentos inovadores que podem melhorar a qualidade de vida.

No Brasil, um caso emblemático é o do Hospital do Idoso, no Recife, que utiliza óculos de realidade virtual no auxílio do tratamento dado a pacientes como recurso terapêutico. Aplicativos ajudam a estimular aspectos sensoriais, motores e cognitivos de pessoas com enfermidade do hospital.

Alguns exemplos de tratamentos e terapias que podem ser realizados com o auxílio de realidade virtual, são:

Terapia de exposição para transtornos de ansiedade: usada para criar ambientes simulados que expõem os pacientes a situações que causam ansiedade, como voar de avião, falar em público ou enfrentar fobias específicas. Essa exposição gradual pode ajudar os pacientes a superarem seus medos e a desenvolverem habilidades de enfrentamento.
Reabilitação física: os programas podem fornecer exercícios interativos e simulações de movimento para ajudar na recuperação de habilidades motoras, coordenação e força muscular.
Gerenciamento da dor: uma forma de distração durante procedimentos médicos dolorosos, como troca de curativos ou administração de injeções. Ao direcionar a atenção do paciente para um ambiente virtual imersivo e agradável, é possível reduzir a percepção da dor.
Tratamento de distúrbios de estresse pós-traumático (PTSD): pode ajudar as pessoas a reviverem e processarem eventos traumáticos em um ambiente controlado. Permitindo que os pacientes trabalhem gradualmente na redução de suas respostas emocionais e na reestruturação de suas memórias traumáticas.
Estímulo cognitivo: utilizada para estimular habilidades cognitivas em pacientes com distúrbios neurológicos, como doença de Alzheimer ou lesões cerebrais. Jogos e atividades virtuais interativas podem trabalhar a memória, atenção, resolução de problemas e outras funções cognitivas.

No caso das universidades, a realidade virtual pode ajudar os alunos com simulações de procedimentos cirúrgicos, sem que seja necessário o contato com pacientes reais nesse primeiro estágio de aprendizado. Inteligência artificial e realidade virtual também auxiliam alunos no diagnóstico correto, ao trabalharem com casos clínicos virtuais por meio do metaverso. Segundo dados da PwC, pessoas treinadas por meio de Realidade Virtual (VR) podem ficar até 275% mais confiantes para agir e isso pode melhorar até 40% o período de aprendizado.