GLYXAMBI

Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é um desequilíbrio da homeostase da glicose caracterizado por hiperglicemia persistente, função comprometida das células β e resistência à insulina. [1] É uma grande causa de morbidade e mortalidade e está associado a enormes custos de saúde. [2] Geralmente a tratamento preconizado caracteriza-se por mudanças no estilo de vida, dieta equilibrada e uso de antidiabéticos. [1]

A falta de adesão terapêutica e a inércia clínica são importantes desafios no tratamento dos pacientes DM2. [3] Intervenções direcionadas ao combate da inércia terapêutica como um tratamento mais intensivo têm facilitado o controle glicêmico, e o uso de combinações fixas aumenta a possibilidade de melhor aderência e menor risco de inércia terapêutica. [3]

Para seus pacientes com DM2 e com HbA1c ainda alta que estão em uso de metformina ou no início do tratamento: Glyxambi® é uma opção para intensificar precocemente o tratamento dos pacientes com DM2. Demonstrou redução de até 1,8% da HbA1c, com perfil de segurança comparável ao de Jardiance® e de Trayenta®. [4,5,6,7]

Dosagem

Dosagem padrão

A dose inicial recomendada é de 10 mg/5 mg (empagliflozina 10 mg/ linagliptina 5 mg) uma vez ao dia. Dose máxima de 25 mg/5 mg (empagliflozina 25 mg/ linagliptina 5 mg) ao dia pode ser utilizada, porém não deve ser excedida. [4]

Como tomar

Os comprimidos devem ser administrados com ou sem alimentos, engolidos inteiros com água. [4]
Não devem ser partidos ou mastigados. [4]

Quantidade

Somente 1 comprimido por dia garante a comodidade posológica. [4]

Mecanismo de Ação

Empagliflozina
A empagliflozina é um inibidor potente e seletivo do SGLT2, e atua na melhora do controle glicêmico em pacientes com DM2, reduzindo a reabsorção renal de glicose e consequentemente aumentando sua excreção urinária. [8,9,10]

O SGLT2 é responsável pela recaptação ativa de glicose no túbulo renal proximal, sendo responsável pela reabsorção de cerca de 90% da glicose filtrada. [11,12]

A inibição seletiva do SGLT2 no túbulo renal proximal reduz significativamente a reabsorção de glicose renal. Essa inibição do SGLT2 pode resultar na excreção de cerca de 52 a 85 g de glicose ao dia. [13,14]

Em pacientes com DM2, a excreção urinária de glicose aumentou imediatamente após a primeira dose de empagliflozina e se manteve durante o intervalo de dosagem de 24 horas. A excreção urinária de glicose foi mantida no final do período de tratamento de 4 semanas, com uma média aproximada de 78 g/dia, com empagliflozina 25 mg uma vez por dia. O aumento da glicosúria resultou em uma redução imediata da glicemia em pacientes com DM2. A empagliflozina melhora a glicemia tanto em jejum como pós-prandial. [8]

O mecanismo de ação da empagliflozina é independente da função das células beta e da insulina [12], contribuindo para um baixo risco de hipoglicemia. Percebeu-se uma melhora dos marcadores da função das células beta, incluindo HOMA-β e a razão pró-insulina/insulina. Além disso, a excreção urinária de glicose desencadeia a perda de calorias, associada a uma redução de gordura e peso corporal. [12]

A glicosúria observada com a empagliflozina é acompanhada de diurese leve, que pode contribuir para a redução sustentada e moderada da pressão arterial. [8,13]

Linagliptina
A linagliptina é um antidiabético oral (ADO) da classe dos inibidores da enzima DPP4. Essa enzima está envolvida na inativação dos hormônios incretinas GLP-1 e GIP. Esses hormônios são secretados durante todo o dia em concentrações basais e em maiores níveis após a ingestão de alimentos. O GLP-1 e o GIP aumentam a secreção de insulina glicose dependente pelas células beta do pâncreas e reduzem a secreção de glucagon pela célula alfa pancreática. [5]

A linagliptina se liga de forma seletiva aos DPP4 (seletividade >10.000x vs. DPP8 e DPP9) e reversível, dessa forma leva a um prolongamento dos níveis de incretina ativa. A linagliptina aumenta a secreção de insulina e reduz a secreção de glucagon dependente de glicose, levando a uma melhora global na homeostase glicêmica. [5]

Armazenamento

Armazenamento

Manter em temperatura ambiente (15 °C a 30 °C). [4]

Validade

O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação. [4]

Referências

  1. Defronzo RA. Banting Lecture. From the triumvirate to the ominous octet: a new paradigm for the treatment of type 2 diabetes mellitus. Diabetes. 2009; 58(4):773-95.
  2. International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas – 8th Edition. [Internet]. Disponível em:
    https://www.idf.org/e-library/epidemiology-research/diabetes-atlas/134-idf-diabetes-atlas-8th-edition.html [Acesso em: 11 Maio 2020].
  3. Davies MJ, D’Alessio DA, Fradkin J, Kernan WN, Mathieu C, Mingrone G, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2018. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2018 Dec;41(12):2669-701.
  4. Bula de produto: Glyxambi®. Disponível em:
    https://www.boehringer-ingelheim.com.br/sites/br/files/glyxambi_bula_paciente_e_profissional_0.pdf [Acesso em: 11 Maio 2020].
  5. Bula de produto: Trayenta®. Disponível em:
    https://www.boehringer-ingelheim.com.br/sites/br/files/trayenta_bula_paciente_e_profissional_06_2019.pdf [Acesso em: 11 Maio 2020].
  6. Bula de produto: Jardiance®. Disponível em:
    https://www.boehringer-ingelheim.com.br/sites/br/files/jardiance_bula_paciente-profissional_0.pdf [Acesso em: 11 Maio 2020].
  7. DeFronzo RA, Lewin A, Patel S, Liu D, Kaste R, Woerle HJ, et al. Combination of empagliflozin and linagliptinas second-line therapy in subjects with type 2 diabetes inadequately controlled on metformin. Diabetes Care. 2015 Mar;38(3):384-93.
  8. Drucker DJ. Development of glucagon-like peptide-1-based pharmaceuticals as therapeutic agents for the treatment of diabetes. Current pharmaceutical design 2001;7(14):1399-1412.
  9. Thorens B, Mueckler M. Glucose transporters in the 21st Century. Am J Physiol Endocrinol Metab. 2010; 298 (2):E141-5.
  10. Wright EM, Loo DD, et al. Biology of human sodium glucose Transportes  Physiol Rev. 2011; 91(2):733-94.
  11. Gerich JE. Role of the kidney in normal glucose homeostasis and in the hyperglycaemia of diabetes mellitus: therapeutic implications. Diabet Med. 2010;27(2):136-42.
  12. Hardman TC, Dubrey SW. Development and potential role of type-2 sodium-glucose transporter inhibitors for management of type 2 diabetes. Diabetes Ther. 2011; 2 (3):133-45.
  13. Chao EC, Henry RR. SGLT2 inhibition—a novel strategy for diabetes treatment. Nat Rev Drug Discov. 2010;9(7):551-9.
  14. List JF, Woo V, et al. Sodium-glucose cotransport inhibition with dapagliflozin in type 2 diabetes. Diabetes Care. 2009;32(4):650-7.

Minibula

GLYXAMBI®

CONTRAINDICAÇÃO: GLYXAMBI é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à empagliflozina ou à linagliptina, ou a qualquer um dos excipientes, e em pacientes com insuficiência renal grave (TFGe < 30 mL/min/1,73m2), incluindo pacientes em diálise. A experiência terapêutica de Glyxambi em pacientes com comprometimento renal grave é limitada.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Não foram observadas interações clinicamente significativas na farmacocinética de outros medicamentos comumente utilizados quando a empagliflozina ou a linagliptina foram concomitantemente administradas.

GLYXAMBI - Comprimidos revestidos de 10 mg/5 mg ou Comprimidos revestidos de 25 mg/5 mg - empagliflozina e linagliptina - Indicações: é indicado para melhorar o controle glicêmico em adultos com diabetes mellitus tipo 2, associado ao tratamento com metformina, dieta e exercícios físicos. GLYXAMBI pode ser usado como tratamento inicial em pacientes não elegíveis ao tratamento com metformina. Dosagem e Administração: A dose inicial recomendada de GLYXAMBI é 10 mg/5mg (empagliflozina 10 mg/ linagliptina 5 mg), uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para GLYXAMBI 25 mg/5 mg (empagliflozina 25 mg/ linagliptina 5 mg), uma vez ao dia, no caso de pacientes que toleram GLYXAMBI 10 mg/5mg uma vez ao dia e que requerem controle glicêmico adicional. GLYXAMBI pode ser ingerido com ou sem alimento. GLYXAMBI é contraindicado para uso em pacientes com comprometimento renal com TFGe <30 mL/min/1,73 m2, incluindo pacientes em diálise. A experiência terapêutica de GLYXAMBI em pacientes com comprometimento renal grave é limitada. Não é necessário ajuste de dose para pacientes com TFGe ≥30mL/min/1,73m2. Não é recomendado ajuste de dose para pacientes com comprometimento hepático. Não é recomendado ajuste de dose com base na idade. A experiência terapêutica em pacientes com 75 anos ou mais é limitada e o início da terapia com GLYXAMBI nesta população não é recomendado. GLYXAMBI não é recomendado para uso em pacientes com menos de 18 anos de idade. Contraindicações: GLYXAMBI é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à empagliflozina ou à linagliptina, ou a qualquer um dos excipientes, e em pacientes com insuficiência renal grave (TFGe < 30 mL/min/1,73m2), incluindo pacientes em diálise. A experiência terapêutica de Glyxambi em pacientes com comprometimento renal grave é limitada. Advertências e precauções: GLYXAMBI não deve ser usado em pacientes com diabetes mellitus tipo 1. GLYXAMBI deve ser usado com cautela em pacientes com risco para cetoacidose diabética. Deve-se ter cuidado ao reduzir a dose de insulina. Em pacientes tratados com GLYXAMBI, deve-se considerar o monitoramento da cetoacidose e a descontinuação temporária do GLYXAMBI em situações clínicas conhecidas por predispor à cetoacidose (por exemplo, jejum prolongado devido a doença aguda ou cirurgia). Nessas situações, considere o monitoramento de cetonas, mesmo que o tratamento com GLYXAMBI tenha sido interrompido. Houve relatos pós-comercialização de pancreatite aguda por pacientes que utilizaram a linagliptina. Se houver suspeita de pancreatite, deve-se descontinuar o tratamento com GLYXAMBI. Aconselha-se cautela com uso de GLYXAMBI em combinação com agentes que são conhecidos por causar hipoglicemia, como sulfonilureias e insulinas; uma redução na dose da sulfonilureia ou insulina pode ser considerada. Em condições clínicas agudas nas quais haja um declínio significativo da função renal, a manutenção clínica do tratamento com GLYXAMBI deve ser avaliada. Devido ao seu mecanismo de ação, a eficácia de empagliflozina é dependente da função renal. Portanto, é recomendada a avaliação da função renal antes do início do tratamento com GLYXAMBI e periodicamente durante o tratamento, pelo menos anualmente. No caso de condições que podem levar a perda hídrica (por exemplo, doenças gastrointestinais), monitoramento cuidadoso da volemia (por exemplo, avaliação física, medições de pressão arterial, exames laboratoriais incluindo hematócrito) e de eletrólitos é recomendado para os pacientes que recebem empagliflozina e dessa forma, interrupção temporária do tratamento com GLYXAMBI deve ser considerada até que a perda hídrica seja corrigida. Houve relatos pós- comercialização de penfigoide bolhoso em pacientes que tomaram linagliptina. Se houver suspeita de penfigoide bolhoso, GLYXAMBI deve ser descontinuado. Foram relatados também casos pós- comercialização de fasciite necrosante do períneo, uma infecção rara, porém grave e com risco de vida, em pacientes com diabetes em uso de inibidores de SGLT2, incluindo empagliflozina. Se sintomas de hiperemia dor ou sensibilidade, vermelhidão, inchaço na região ao redor dos órgãos genitais, glúteos, virilha e/ou ânus, febre e mal-estar, o GLYXAMBI deve ser descontinuado e o tratamento iniciado imediatamente. Interações medicamentosas: Não foram observadas interações clinicamente significativas na farmacocinética de outros medicamentos comumente utilizados quando a empagliflozina ou a linagliptina foram concomitantemente administradas. Fertilidade, gravidez e lactação: categoria B de risco na gravidez. Não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Recomenda-se descontinuar a amamentação durante o tratamento com GLYXAMBI. Não foram conduzidos estudos sobre o efeito na fertilidade humana para GLYXAMBI ou suas substâncias ativas individuais. Reações Adversas: O efeito colateral mais frequente foi infecção do trato urinário. Em geral, o perfil de segurança de GLYXAMBI foi comparável aos perfis de segurança das substâncias ativas individuais (empagliflozina e linagliptina). As reações adversas ao medicamento apresentadas abaixo são baseadas nos perfis de segurança da monoterapia com empagliflozina e linagliptina, e também foram relatadas nos estudos clínicos e experiências pós-comercialização com GLYXAMBI. Nenhum efeito adverso adicional foi identificado com GLYXAMBI em comparação com as substâncias ativas individuais. Classificação das reações adversas por frequência para GLYXAMBI 10 mg/5 mg (empagliflozina/linagliptina): Reações comuns: monilíase vaginal, vulvovaginite, balanite e outras infecções genitais, infecção do trato urinário, nasofaringite, hipoglicemia (quando usado com sulfonilureia ou insulina), aumento da micção, tosse, rash, lipase e amilase aumentadas e aumento dos lipídeos séricos. Reações incomuns: hipersensibilidade, urticária, prurido, disúria, pancreatite, hipovolemia e taxa de filtração glomerular diminuída. Reações de frequência desconhecida: angioedema, cetoacidose, ulceração da boca, sede, aumento da creatinina sérica, aumento do hematócrito e penfigoide bolhoso. Classificação das reações adversas por frequência para GLYXAMBI 25 mg/5 mg (empagliflozina/linagliptina): Reações comuns: monilíase vaginal, vulvovaginite, balanite e outras infecções genitais, infecção do trato urinário, nasofaringite, hipoglicemia (quando usado com sulfonilureia ou insulina), aumento da micção, tosse, prurido, lipase aumentada e aumento dos lipídeos séricos. Reações incomuns: hipersensibilidade, angioedema, disúria, rash, hipovolemia, sede, aumento da creatinina sérica e taxa de filtração glomerular diminuída amilase aumentada. Reação de frequência desconhecida: urticária, cetoacidose, pancreatite, ulceração da boca, aumento do hematócrito, penfigoide bolhoso e fasciite necrosante do períneo (gangrena de Fournier). Nº de registro: 10 MG + 5 MG COM REV CT BL AL PLAS TRANS X 10 - MS1.0367.0176.001-6; 10 MG + 5 MG COM REV CT BL AL PLAS TRANS X 30 - MS 1.0367.0176.002-4; 25 MG + 5 MG COM REV CT BL AL PLAS TRANS X 10 - MS 1.0367.0176.003-2; 25 MG + 5 MG COM REV CT BL AL PLAS TRANS X 30 - MS 1.0367.0176.004-0; SAC 0800 701 663. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.