Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI)

Fevereiro 2024

Tempo de leitura: 5 minutos

 

VISÃO GERAL

 

Sobre a FPI

A fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma doença pulmonar essencialmente debilitante e fatal, que segue um curso variável e imprevisível [1-3]. As atuais diretrizes da Sociedade Torácica Americana (ATS)/Sociedade Respiratória Europeia (ERS) definem FPI como [1]

O tipo mais comum de pneumonia intersticial fibrosante idiopático, crônico e sem causa conhecida;

  • Ocorre principalmente em adultos mais velhos; 

  • Auto limitada aos pulmões (não se encontra fibrose em outros órgãos); 

  • Associada na maioria das vezes a padrão radiológico na TCAR (Tomografia de Alta Resolução) ou histológico de pneumonia intersticial usual (PIU).

Patogênese da FPI

Embora a causa exata de FPI não seja bem estabelecida, um crescente corpo de evidências sugere que a fibrose surja a partir de lesões epiteliais repetidas [4].

Lesão

Estímulos endógenos ou ambientais danificam repetidamente as celulas epiteliais aleveolares (CEAs). As CEAs estimuladas liberam citocinas e outros mediadores, levando a uma resposta inflamatória inicial e que pode evoluir para fibrose [5,6]

Acredita-se que a atividade das células epiteliais pulmonares seja mediada pela ativação das vias de sinalização em cascata, desencadeada em resposta a estímulos dos receptores de fatores de crescimento, como os receptores de TGF-beta, FGF e PDGF [7– 9].

Proliferação / Diferenciação

A resposta fibrótica é mediada pela proliferação dos fibroblastos e diferenciação nos miofibroblastos [6]. Acredita-se que o TGF beta promova a transformação dos fibroblastos em miofibroblastos, bem como a secreção e deposição de colágeno. A sinalização através dos receptores de PDGF e FGF pode promover o recrutamento, migração e proliferação dos fibroblastos e miofibroblastos em locais de lesão [8,9,10,11,12,13].

Deposição 

Os fibroblastos e miofibroblastos depositam colágeno na matriz extracelular, enquanto escapam da apoptose [5,6]

Com a continuidade do processo fibrótico, o tecido torna-se mais espesso e a arquitetura pulmonar se torna heterogeneamente distorcida.

 Ainda há muito para compreender sobre a causa da FPI. Um maior entendimento das vias implicadas nesta patogênese podem ajudar a incentivar o desenvolvimento de novos tratamentos que podem vir a controlar ou inibir a progressão da doença [6,7]

*PDGF= Fator de crescimento derivado de plaquetas; TGF - beta: fator de crescimento tumoral beta; FGF = fator de crescimento de fibroblastos.

Curso Clínico da FPI

O curso da FPI é imprevisível e variável: A FPI é progressiva e debilitante, com uma sobrevida média de 2 a 3 anos após o diagnóstico [1–3].

O curso essencialmente progressivo, debilitante e fatal da FPI, juntamente com a histórica falta de opções de tratamento, contribui para o mau prognóstico do paciente [1,3]. A taxa de sobrevida estimada em 5 anos para pacientes com FPI é muito baixa, aproximadamente 37%. E o comprometimento da função pulmonar é responsável por 3 em cada 4 mortes [2,14].

O curso da FPI é imprevisível e variável. A progressão da FPI pode ser lenta, intermediária ou rapidamente progressiva. Qualquer um destes fenótipos pode sofrer uma piora súbita e imprevisível conhecida como exacerbação aguda da FPI [1,5].

A progressão lenta é caracterizada por um ritmo mais ameno de perda da função pulmonar, que leva à piora gradual da dispneia, mas com uma sobrevida de vários anos. Entretanto, períodos de estabilidade relativa podem ser interrompidos por episódios de exacerbações agudas de FPI [2,15].

A progressão rápida é caracterizada por uma acelerada evolução da doença com menor duração do período compreendido entre o aparecimento dos sintomas, até o óbito. Um estudo demonstrou que pacientes que progrediram rapidamente pertenciam em geral ao sexo masculino e eram tabagistas. Eles também apresentavam um fenótipo biológico distinto do de outros pacientes com FPI, embora as características fisiológicas e tomográficas dos pacientes que progrediram rapidamente e/ou lentamente fossem semelhantes [15].

Exacerbações agudas da FPI

Exacerbações agudas da FPI são eventos raros, mas devastadores que impactam significativamente no prognóstico do paciente [1,16].

A exacerbação aguda da FPI é definida como uma súbita deterioração dos sintomas dentro de dias ou semanas. Este evento pode ocorrer em todos os fenótipos e durante qualquer período de evolução da doença. Os sintomas da exacerbação aguda da FPI incluem piora súbita da dispneia (falta de ar), aparecimento de novas opacidades difusas na TCAR (Infiltrado recente), refletindo uma piora na hipoxemia (Concentração de O2), na ausência de infecção, insuficiência cardíaca, ou outras causas identificáveis que podem acelerar o curso da FPI [2,15,17,18].

Importante lembrar que a exacerbação aguda (EA) da FPI é um quadro clínico totalmente diferente das exacerbações que ocorrem em outras doenças pulmonares pois a EA da FPI resulta em maior mortalidade intra-hospitalar do que as exacerbações agudas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou asma [14,16,17,19,20,21,22]. Uma análise mostrou que 50% dos pacientes internados por uma EA de FPI morreram durante a hospitalização . A mesma análise mostrou que a EA da FPI é responsável por uma deterioração rápida da função pulmonar, resultando em uma drástica redução na sobrevida média após o diagnóstico inicial – de 61 meses para 16 meses [16].

Como já mencionado, todos os pacientes com FPI estão em risco de sofrer um episódio de exacerbação aguda. A incidência anual de exacerbações agudas na FPI é de cerca de 5-10% [1]. A EA pode ocorrer em qualquer fase do curso da doença e não há um tipo de paciente específico identificado. Mesmo pacientes ainda sem história de sintomas respiratórios crônicos ou evidências tomográficas podem sofrer ou abrir o quadro com uma exacerbação aguda [18,23,24].

A taxa de declínio da CFV é a mesma em pacientes com FPI leve, moderada ou grave (ref II) - Razões mais comuns para o médico não tratar FPI leve (ref I) - Queda da CVF de acordo com a gravidade da FPI (ref II).

DIAGNÓSTICO

Incidência e Prevalência da FPI

No Brasil, a incidência anual de casos de FPI gira entre 6.841 e 9.997 casos (3,5-5,1 casos por 100.000 habitantes) e a prevalência varia de 13.945 a 18.305 casos (7,1-9,4 casos por 100.000 habitantes). Como a FPI é muito rara em jovens a prevalência fica entre 9.986 e 16.109 casos (5,1-8,3 casos por 100.000 habitantes) [1]

A prevalência de FPI tem aumentado nos últimos anos (ref I, II).

Sintomas, Identificação e Tratamento Precoce da FPI

Dentre os sintomas da FPI, a presença da tosse crônica (> de 8 semanas) é bastante frequente, sendo comum em indivíduos com a doença mais avançada, e pode contribuir para a piora da qualidade de vida. Ela também pode estar associada à comorbidades, como a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), comum em idosos [2,3,4]. Pacientes com FPI apresentam pior qualidade do sono e dessaturação noturna que indivíduos saudáveis da mesma faixa etária. A dispneia também é um dos sintomas mais presentes, cuja prevalência varia entre 25% e 50% em pacientes com FPI [2]. O tratamento com antifibrótico desde o diagnóstico da FPI pode auxiliar no controle dos sintomas e menor perda de capacidade pulmonar [5]. O reconhecimento precoce e diagnóstico acurado podem prevenir tratamentos errôneos e potencialmente prejudiciais, permitindo o início rápido do tratamento mesmo na fase inicial da doença. Por isso a importância do paciente com suspeita de FPI seja encaminhado a um especialista o quanto antes. Um estudo prospectivo publicado no Blue Journal apontou que o atraso no encaminhamento do paciente com FPI a um centro especializado aumentou o risco de mortalidade, independentemente da idade e função pulmonar de base do paciente [5]. Notou-se ainda nesse mesmo estudo que a taxa de sobrevida é 3,4 x maior quando os pacientes são encaminhados em 1 ano vs. 4 anos, após o surgimento dos sintomas. [6] Dentre os sintomas da FPI, a presença da tosse crônica (> de 8 semanas) é bastante frequente, sendo comum em indivíduos com a doença mais avançada, e pode contribuir para a piora da qualidade de vida. Ela também pode estar associada à comorbidades, como a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), comum em idosos [2,3,4]. Pacientes com FPI apresentam pior qualidade do sono e dessaturação noturna que indivíduos saudáveis da mesma faixa etária. A dispneia também é um dos sintomas mais presentes, cuja prevalência varia entre 25% e 50% em pacientes com FPI [2]. O tratamento com antifibrótico desde o diagnóstico da FPI pode auxiliar no controle dos sintomas e menor perda de capacidade pulmonar [5]. O reconhecimento precoce e diagnóstico acurado podem prevenir tratamentos errôneos e potencialmente prejudiciais, permitindo o início rápido do tratamento mesmo na fase inicial da doença. Por isso a importância do paciente com suspeita de FPI seja encaminhado a um especialista o quanto antes. Um estudo prospectivo publicado no Blue Journal apontou que o atraso no encaminhamento do paciente com FPI a um centro especializado aumentou o risco de mortalidade, independentemente da idade e função pulmonar de base do paciente [5]. Notou-se ainda nesse mesmo estudo que a taxa de sobrevida é 3,4 x maior quando os pacientes são encaminhados em 1 ano vs. 4 anos, após o surgimento dos sintomas. [6]

Diagnóstico

O diagnóstico do FPI necessita de uma abordagem multidisciplinar envolvendo pneumologistas, radiologistas e patologistas, para detectar a presença de um padrão radiológico específico de pneumonia intersticial usual (PIU) em tomografia computadorizada e/ou combinações de padrões radiológicos e histopatológicos. Em pacientes com suspeita de FPI, uma análise minuciosa deve ser feita para descartar diagnósticos alternativos. [7]

Diretrizes publicadas por American Thoracic Society (ATS), Japanese Respiratory Society (JRS), Asociación Latinoamericana del Tórax (ALAT) e European Respiratory Society (ERS), sugerem uma combinação de critérios para o diagnóstico da doença, fortalecendo que a tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) tem um papel fundamental no diagnóstico de FPI, sendo que um padrão PIU definitivo à TCAR elimina a necessidade de biópsia pulmonar cirúrgica (BPC), com ressalva aos pacientes que apresentam TCAR com padrão possível ou inconsistente para PIU. [7]

Mesmo se a BPC revelar um padrão histológico de PIU, é necessário excluir outras condições clínicas que se associam com esse padrão, incluindo as doenças autoimunes (ex. esclerose sistêmica, artrite reumatoide, entre outras), a pneumonite de hipersensibilidade na fase crônica (PHC), conjuntivo, a lesão pulmonar ocasionada por drogas (ex. amiodarona, nitrofurantoína, metotrexate, etc.), a asbestose, a fibrose pulmonar familiar e síndrome de Hermansky-Pudlak. [7,8,9] Deve-se lembrar ainda da importância de se excluir o acometimento pulmonar por doenças colágeno-vasculares em pacientes com doenças intersticiais fibrosantes, como a artrite reumatoide e a esclerose sistêmica, principalmente na presença de queixas sugestivas ou histórico familiar de doenças autoimunes. [7]

A ausculta pulmonar também é valiosa para o diagnóstico, já que a identificação de crepitações(estertores em velcro) possui boa especificidade para o processo da doença. [10] Como a sintomatologia e as imagens da FPI possuem similaridades com outras doenças intersticiais pulmonares, o diagnóstico diferencial tem ganhado relevância, pois outras doenças de apresentação semelhante possuem evolução, condutas e prognósticos diferentes. [11]

FPI é imprevisível e seu dano é permanente [12]

Boehringer Ingelheim- janeiro 2019

Você sabia que a FPI possui um prognóstico desfavorável e pior do que muitos tipos de câncer? Além disso, indivíduos em estágio precoce tipicamente apresentam irregularidades menos graves na função pulmonares [13-15]. Considere o tratamento!

O diagsnóstico precoce da FPI pode adicionar quase 2 anos de vida ao paciente (ref I) - Dados reais do banco de dados EMPIRE.

TRATAMENTO

Por que tratar?

Nota-se que apesar da evolução alcançada nos últimos anos, ainda é muito desafiador o diagnóstico da FPI [1,2]. Em 2011, uma pesquisa realizada na Europa apontou que a mediana de tempo no atraso entre o início dos sintomas até diagnóstico é em torno de 1,5 anos [3]. No entanto, uma pesquisa recente nos Estados Unidos revela que 59.8% dos pacientes com FPI tiveram um atraso no diagnóstico em > 2 anos [4]. É importante ressaltar que os danos irreversíveis no pulmão causados pela progressão da FPI ratificam a importância do tratamento precoce. Um estudo prospectivo publicado no Blue Journal apontou que o atraso no encaminhamento do paciente com FPI a um centro especializado aumentou o risco de mortalidade, independentemente da idade e função pulmonar de base do paciente . Notou-se ainda nesse mesmo estudo que a taxa de sobrevida é 3,4 x maior quando os pacientes são encaminhados em 1 ano vs.4 anos, após o surgimento dos sintomas. A intervenção precoce pode aumentar a eficácia de terapias como reabilitação pulmonar. [5] Nota-se que pacientes com menos deterioração da função conseguem benefícios da reabilitação pulmonar comparado a pacientes com doença mais severa. [5]

O prognóstico da FPI é pior do que muitos tipos de câncer (ref I) - Taxa de sobrevida em 5 anos de portadores de FPI e de diversas neoplasias. (ref I)

Tratamento com Antifibróticos

Rápidas e dinâmicas decisões impactam positivamente a progressão da doença, a qualidade de vida e o bem-estar emocional dos pacientes com FPI. Através da prática clínica destes últimos anos depreendemos o aprendizado de que o tratamento da FPI deve ser encarado com a mesma importância e celeridade a exemplo de outras doenças como câncer de pulmão. Os especialistas, em sua maioria, sugerem começar o tratamento da FPI com algum antifibrótico assim que o diagnóstico for estabelecido por conta do mau prognóstico habitualmente associado à doença e a possibilidade do surgimento de eventos adversos imprevisiveis. Portanto o uso da medicação estaria justificado mesmo naqueles poucos pacientes diagnosticados com função pulmonar normal. [6]

Dieta e Estilo de Vida

O paciente em tratamento deve evitar refeições fartas, incluindo frituras, comidas gordurosas, condimentadas e alimentos com fibras. Optar por refeições pequenas e com maior frequência ao longo do dia. Também é ideal que o paciente aumente sua hidratação (10-12 copos/dia) com água filtrada ou fervida, água de coco, chás, sucos naturais, evitando café, bebidas doces, leite e seus derivados e bebidas gaseificadas. Para o controle de possíveis episódios de náusea, o paciente deve evitar fortes odores, como perfumes, fumo e preparo de alimentos, deitar na horizontal logo após as refeições, considerando descansar sentado e comer alimentos frios ou a temperatura ambiente para não serem afetados por cheiros fortes. [7,8,9,10]

Referências
  • 1.
    Raghu G, et al. An official ATS/ERS/JRS/ALAT statement: idiopathic pulmonary fibrosis: evidence-based guidelines for diagnosis and management. Am J Respir Crit Care Med 2011;183:788–824.
  • 2.
    Ley B, et al. Clinical course and prediction of survival in idiopathic pulmonary fibrosis. Am J Respir Crit Care Med 2011;183:431–440.
  • 3.
    Huzaifa I. Adamali MSA. Non-pharmacological treatment of idiopathic pulmonary fibrosis. Curr Respir Care Rep.
  • 4.
    Borensztajn K, et al. Idiopathic pulmonary fibrosis: from epithelial injury to biomarkers-- insights from the bench side. Respir Int Rev Thorac Dis 2013;86:441–452.X
  • 5.
    Selman M, et al. Idiopathic pulmonary fibrosis: prevailing and evolving hypotheses about its pathogenesis and implications for therapy. Ann Intern Med 2001;134:136– 151.
  • 6.
    Fernandez IE, et al. New cellular and molecular mechanisms of lung injury and fibrosis in idiopathic pulmonary fibrosis. Lancet 2012;380:680–688.
  • 7.
    Strieter RM, et al. New mechanisms of pulmonary fibrosis. Chest 2009;136:1364– 1370.
  • 8.
     Richeldi L, et al. Mapping the future for pulmonary fibrosis: report from the 17th International Colloquium on Lung and Airway Fibrosis. Eur Respir J 2013;42:230–238.
  • 9.
    Chaudhary NI, et al. Inhibition of PDGF, VEGF and FGF signalling attenuates fibrosis. Eur Respir J 2007;29:976–985.
  • 10.
     Todd NW, et al. Molecular and cellular mechanisms of pulmonary fibrosis. Fibrogenesis Tissue Repair 2012;5:11.
  • 11.
     Wollin L, et al. Antifibrotic and anti-inflammatory activity of the tyrosine kinase inhibitor nintedanib in experimental models of lung fibrosis. J Pharmacol Exp Ther 2014;349:209–220.
  • 12.
     Leask A. Towards an anti-fibrotic therapy for scleroderma: targeting myofibroblast differentiation and recruitment. Fibrogenesis Tissue Repair 2010;3:8.
  • 13.
     Inoue Y, et al. Basic fibroblast growth factor and its receptors in idiopathic pulmonary fibrosis and lymphangioleiomyomatosis. Am J Respir Crit Care Med 2002;166:765– 773.
  • 14.
     Krishnan V, et al. Mortality in patients hospitalized for asthma exacerbations in the United States. Am J Respir Crit Care Med 2006;174:633–638.
  • 15.
     Selman M, et al. Accelerated variant of idiopathic pulmonary fibrosis: clinical behavior and gene expression pattern. PloS One 2007;2:e482.
  • 16.
     Song JW, et al. Acute exacerbation of idiopathic pulmonary fibrosis: incidence, risk factors and outcome. Eur Respir J 2011;37:356–363.
  • 17.
     Teixeira C, Cabral Cda R, Hass JS, et al. Patients admitted to the ICU for acute exacerbation of COPD: two-year mortality and functional status. J Bras Pneumol. 2011;37(3):334-40.
  • 18.
     Parambil JG, et al. Histopathologic features and outcome of patients with acute exacerbation of idiopathic pulmonary fibrosis undergoing surgical lung biopsy. Chest 2005;128:3310–3315.
  • 19.
     Reddel HK, et al. An official American Thoracic Society/European Respiratory Society statement: asthma control and exacerbations: standardizing endpoints for clinical asthma trials and clinical practice. Am J Respir Crit Care Med 2009;180:59–99.
  • 20.
     GOLD. Global Strategy for Diagnosis, Management, and Prevention of COPD - 2016 - Acessado em 7 Novembro de 2016. Disponível em: http://goldcopd.org/global-strategy-diagnosis-management-prevention-copd-2016/.
  • 21.
     Groenewegen KH, et al. Mortality and mortality-related factors after hospitalization for acute exacerbation of COPD. Chest 2003;124:459–467.
  • 22.
     Kim DS, et al. Acute exacerbation of idiopathic pulmonary fibrosis: frequency and clinical features. Eur Respir J 2006;27:143–150.
  • 23.
     Sakamoto K, et al. Acute exacerbation of idiopathic pulmonary fibrosis as the initial presentation of the disease. Eur Respir Rev Off J Eur Respir Soc 2009;18:129–132.
  • 24.
     Melo N, Damas C, Mouro C S, et al. Exacerbação aguda da fibrose pulmonar idiopática. Rev Port Pneumol 2009; 15 (2): 305-312.
  • 25.
     Griffith KA, et al. Predictors of loss of lung function in the elderly: the Cardiovascular Health Study. Am J Respir Crit Care Med 2001;163:61–68.
  • 26.
     Alexeeff SE, et al. Ozone exposure, antioxidant genes, and lung function in an elderly cohort: VA normative aging study. Occup Environ Med 2008;65:736–742.
  • 27.
     Richeldi L, et al. Efficacy of a tyrosine kinase inhibitor in idiopathic pulmonary fibrosis. N Engl J Med 2011;365:1079–1087.
  • 28.
    Bula de produto: OFEV®. Disponível em: 
    pc-br-107012 bula profissional de ofev 2022.pdf (boehringer-ingelheim.com) [acesso em 30 jun 2019].
  • 29.
     King TE, et al. Treatments for idiopathic pulmonary fibrosis. N Engl J Med 2014;371:783–784.
  • 30.
     Du Bois RM, et al. Forced vital capacity in patients with idiopathic pulmonary fibrosis: test properties and minimal clinically important difference. Am J Respir Crit Care Med 2011;184:1382–1389.
  • 31.
     Raghu G, et al. Idiopathic pulmonary fibrosis: clinically meaningful primary endpoints in phase 3 clinical trials. Am J Respir Crit Care Med 2012;185:1044–1048.
  • 32.
     Richeldi L, et al. Relative versus absolute change in forced vital capacity in idiopathic pulmonary fibrosis. Thorax 2012;67:407–411.
  • 33.
     Schmidt SL, et al. Predicting pulmonary fibrosis disease course from past trends in pulmonary function. Chest 2014;145:579–585.
  • 34.
     Zappala CJ, et al. Marginal decline in forced vital capacity is associated with a poor outcome in idiopathic pulmonary fibrosis. Eur Respir J 2010;35:830–836.
  • 35.
     Baddini-martinez, J., Pereira, CA. (2015). Quantos pacientes com fibrose pulmonar idiopática existem no Brasil? J Bras Pneumol. 2015;41(6):560-562.
  • 36.
     Baddini-martinez, J., Baldi, B. G., Henrique, C., Jezler, S., Lima, M. S., Rufino, R., & Pneumologia, D. De. (2015). Atualização no diagnóstico e tratamento da fibrose pulmonar idiopática, 41(5), 454–466.
  • 37.
     Baldi, B. G, Pereira, CA , Rubin, A S, et al. (2012). Destaques das Diretrizes de Doenças Pulmonares Intersticiais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 38(3), 282–291.
  • 38.
     Pessoa, C. V., Bruna, K., & Torres, N. (2016). Prevalência de doenças gástricas não-infecciosas em idosos, 7(2), 32–43. http://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/enfer/article/view/2154 [acesso em 05 jul 2019].
  • 39.
     Moua Teng, R. H. J. (2019). Obstacles to early treatment of idiopathic pulmonary fibrosis : current perspectives, 73–81.
  • 40.
     Lamas DJ, Kawut SM, Bagiella E, et al. Delayed access and survival in idiopathic pulmonary fibrosis: A cohort study. Am J Respir Crit Care Med. 2011;184:842–847.
  • 41.
     Raghu G, Collard HR, Egan JJ, Martinez FJ, Behr J, Brown KK et al. An official ATS/ ERS/JRS/ALAT statement: idiopathic pulmonary fibrosis: evidence-based guidelines for diagnosis and management. Am J Respir Crit Care Med. 2011;183:788-824.
  • 42.
     Lynch, D. A., Sverzellati, N., Travis, W. D., Brown, K. K., Colby, T. V, Galvin, J. R., … Gemelli, A. (2018). Diagnostic criteria for idiopathic pulmonary fibrosis : a Fleischner Society White Paper R17-4075, 6 (February), 1–16.
  • 43.
     Xu, Z., Li, H., Wen, F., & Bai, C. (2019). P19-01289 Subgroup Analysis for Chinese Patients Included in the INPULSIS Ò Trials on Nintedanib in Idiopathic Pulmonary Fibrosis P19-01289.
  • 44.
    Cottin, V.;Cordier, F.J (2012). Velcro crackles: the key for early diagnosis of idiopathic pulmonary fibrosis?, 519–521. https://erj.ersjournals.com/content/40/3/519.
  • 45.
     Algranti, E., Saito, C. A., Rodrigues, D., Paula, A., Carneiro, S., Bussacos, M. A., & Medicina, S. De. (2017). Mortality from idiopathic pulmonary fibrosis : a temporal trend analysis in Brazil, 1979-2014, 43(6), 445–450.
  • 46.
     Martinez FJ, Collard HR, Pardo A, et al. Idiopathic pulmonary fibrosis. Nat Rev Dis Primers. 2017;3:17074.
  • 47.
     Bois RM. An earlier and more confident diagnosis of idiopathic pulmonary fibrosis. Eur Resp Rev 2012;21:141–6.
  • 48.
     Vancheri C, Failla M, Crimi N, Raghu G. Idiopathic pulmonary fibrosis: a disease with similarities and links to cancer biology. Eur Respir J. 2010;35(3):496-504.
  • 49.
     Cicchitto G, Sanguinetti CM. Idiopathic pulmonary fibrosis : the need for early diagnosis. Multidiscip. Respir. Med. 2013;8:1.
  • 50.
     Raghu G, Rochwerg B, Zhang Y, et al. An Official ATS/ERS/JRS/ALAT Clinical Practice Guideline: Treatment of Idiopathic Pulmonary Fibrosis. An Update of the 2011 Clinical Practice Guideline. Am J Respir Crit Care Med. 2015;192(2):e3-19.
  • 51.
     Martinez FJ, Chisholm A, Collard HR, et al. The diagnosis of idiopathic pulmonary fibrosis: current and future approaches. Lancet Respir Med. 2017 Jan;5(1):61-71.
  • 52.
     Schoenheit G, Becattelli I, Cohen AH. Living with idiopathic pulmonary fibrosis: an in-depth qualitative survey of European patients. Chron Respir Dis. 2011;8(4):225-31.
  • 53.
     Cosgrove GP, Bianchi P, Danese S, Lederer DJ. Barriers to timely diagnosis of interstitial lung disease in the real world: the INTENSITY survey. BMC Pulm Med. 2018;18(1):9.
  • 54.
     Holland AE, Hill CJ, Glaspole I, Goh N, Mcdonald CF. Predictors of benefit following pulmonary rehabilitation for interstitial lung disease. Respir Med. 2012;106(3):429-35.
  • 55.
     Baddini-martinez, J., Baldi, B. G., Henrique, C., Jezler, S., Lima, M. S., Rufino, R., & Pneumologia, D. De. (2015). Atualização no diagnóstico e tratamento da fibrose pulmonar idiopática, 41(5), 454–466.
  • 56.
     Guy's and St Thomas' NHS Foundation Trust. Low fibre diet. https://www.guysandstthomas.nhs.uk/resources/patient-information/gi/increasing-the-amount-of-fibre-in-your-diet.pdf Published November 2012. Accessed May 1, 2015.
  • 57.
     Nutritionist Resource. Diarrhoea. https://www.nutritionist-resource.org.uk/articles/diarrhoea.html. Accessed May 1, 2015.
  • 58.
     Guy's and St Thomas' NHS Foundation Trust. Nausea and vomiting. https://www.guysandstthomas.nhs.uk/resources/patient-information/gynaecology/nausea-and-vomiting-in-pregnancy.pdf Published November 2012. Accessed May 1, 2015.
  • 59.
     Baig MQ. Principles and Practice of Chemotherapy. 1st ed. New Delhi, India: Jaypee Brothers Medical Publishers (P) Ltd; 2012.

PC-BR-109598